terça-feira, 16 de novembro de 2010

Olimpíada define finalistas na categoria memórias literárias

Belo Horizonte — Os 38 finalistas da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, na categoria memórias literárias, foram selecionados na última sexta-feira, 12. Nesta terça-feira, 16, começa o último encontro regional, que vai até quinta-feira, 18, em São Paulo. Estarão reunidos os concorrentes do segundo e do terceiro anos do ensino médio. Eles produziram artigos de opinião e crônicas.

O Lugar Onde Vivo é o tema desenvolvido nos quatro gêneros literários da olimpíada — crônica, poema, memórias literárias e artigo de opinião. Participaram da fase inicial cerca de sete milhões de estudantes de 99% dos municípios brasileiros. Os 20 vencedores, cinco de cada gênero literário, serão anunciados na etapa nacional, no dia 29 próximo, em Brasília.

Entre os 38 selecionados da categoria memórias literárias está o estudante Elias Antônio da Silva Filho, morador de Aliança, Pernambuco. Ele conta a história do município, de quase 35 mil habitantes, por meio das memórias de seu pai, Luís Antônio Barbosa Filho. “Meu pai morava no Engenho Pirauá e sobrevivia retirando areia do Rio para vender na cidade”, relata.

Outra finalista, Saionara Aparecida Sant’Ana dos Santos, de Governador Lindenberg, Espírito Santo, também escreve sobre um parente. “Minha avó teve uma infância bem vivida”, conta. Saionara relata as brincadeiras da avó Olga Bertti Sant’ana, quando criança, em dias de chuva.

A professora de Saionara, Edmar Garcia Nicole, está próxima da aposentadoria. Para ela, estar classificada, com a estudante, para a final da olimpíada é “fechar a carreira com chave de ouro”. Emocionada, a educadora manda um recado aos professores mais jovens: “Não deixem passar as oportunidades, tudo é possível”.

d— Para Maria do Pilar Lacerda, secretária de educação básica do Ministério da Educação, a olimpíada é mais do que um concurso de redação. “A olimpíada serve para melhorar a escrita e a leitura dos alunos, além de formar o professor”, destacou. “É um aprofundamento do domínio da língua portuguesa.” A secretária também enfatizou a importância do professor na melhoria da qualidade da educação pública brasileira.

De acordo com Maria Estela Bergamin, gerente de projetos do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), as semifinais das olimpíadas reúnem a diversidade e a cultura de cada região do Brasil. “As gerações precisam aprender os valores e a respeitar a diferença, encará-la como uma riqueza”, disse.

A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro é promovida pelo Ministério da Educação e pela Fundação Itaú Social e coordenada pelo Cenpec.

Assessoria de Imprensa da SEB
Palavras-chave: língua portuguesa, olimpíada, finalistas

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